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Atualidade

Gleeden: para trair é só entrar!

Quer viver uma aventura fora do casamento? Inaugurou este mês o Gleeden, site que oferece contatos entre adúlteros.

A empresa norte-americana Black Divine, criou o Gleeden em diferentes idiomas,  previsto para estrear em países como França, Grã Bretanha, Espanha, Itália, Alemanha, Bélgica e Estados Unidos.

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Por enquanto, o único que está liberado só está aceitando inscriçoes e registro. A liberação total está prevista para dezembro.  Mesmo assim, o site já conta com mais de 10. 000 membros, espalhados pela Europa e  Estados Unidos.

“Em nosso site as pessoas casadas podem declarar sua situação e buscar sensaçoes fora do casamento”, explica ao jornal Le Parisien Teddy Truchot, 27 anos, diretor da companhia. “Não fomentamos a infidelidade, respondemos a uma necessidade. De fato, nos sites de relacionamentos para solteiros, uma em cada três pessoas se declara casada”. Truchot considera que a infidelidade está se naturalizando e que nem sempre conduz ao divórcio. O site aceitará pessoas solteiras que buscam relaçoes com pessoas casadas.

Os fundadores do Gleeden se apoiam nas estatísticas para jutificar suas cifras. 34% dos homens e 25% das mulheres casadas confessam ter vivido pelo menos uma aventura extraconjugal. “Nós não inventamos o adultério”, afirma um dos porta-vozes para a L´Express.

O site cobrará valores diferentes, de acordo com cotas que variam de 7 a 900 euros por inscrição. O site também afirma que garantirá a privacidade dos dados. Colocar uma foto, por exemplo, será opcional. No entanto, para verificar a identidade do internauta os usuários deverão submeter um endereço de email verdadeiro.

Gleeden, a vida zen

Segundo apresentação do site, Gleeden significa felicidade em inglês:

“Quem hoje se atreveria a excluir da felicidade a sedução, o desejo pelo alheio, os novos encontros e o amor? Cultive o seu jardim secreto, seu Éden, e ofereça uma nova chance a sua situação conjugal, uma nova vida, reencontre o seu sorriso… Acostume-se a ser feliz!

Costumes

O ciúme é o oposto do amor

Em minhas raras andanças pelos sebos (o tempo é cruel e não me permite sempre esses prazeres que deveriam ser diários), encontrei um livro interessantíssimo de Emmanuelle Arsan, autora de Emmanuelle,  o livro que acabo de adquirir intitula-se A hipótese de Eros (edição 1975), e foi traduzido por Clarice Lispector.

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O livro não é atual, certamente, mas seu conteúdo com certeza esta longe de ser ultrapassado, muito pelo contrário.

Um trecho especialmente me chamou a atenção, pelo desprendimento da autora e por suas idéias nada convencionais. Ao tocar a questão do ciúme (tema sempre polêmico e atual) a autora diz o seguinte:

O ciúme

Nada esclarece melhor nossa aptidão em transformar nossos medos em força de caráter do que a lista das mortificações inúteis que nós impomos aos nossos poderes eróticos. O ciúme oferece um exemplo particularmente impressionante e sinistro da iniciação voluntária à solidão. Inconsciência individual ou impostura coletiva, o ciúme quer passar por sabedoria e sagacidade; mas na realidade este delírio maníaco, com todas as obsessões de conservação, é um cálculo de velho, uma reação de perdedor.

O ciúme, com efeito, não é uma força que asseguraria a nossa segurança: o ciúme é uma confissão de inferioridade. Por isto mesmo ele nos coloca em perigo, nos expõe a perdas e golpes, como o fazem todos os gestos apaixonados.

Ser ciumento não é somente ter medo de perder ou dividir alguém que pensamos possuir; significa também que estamos vergonhosamente seguros de que um outro pode lhe dar mais prazer, pode torná-lo mais feliz. O ciúme não é então, como se pretende, um efeito de orgulho: ele é uma humilhação, uma neurose de impotência e de frigidez. Se nós soubéssemos amar, não conheceríamos o ciúme.

Acolher os outros amores do amado, querer amar em profusão para poder amar melhor o seu amante, partir para a descoberta de parceiros e novas experiências eróticas que possam enriquecer a sociedade do casal – todas estas conquistas da imaginação e da audácia sobre o instinto – sem as quais o homem não sairá jamais da infância, ficarão longe de nosso caso alcance durante todo o tempo em que nos recusarmos em chamar por seu nome o nosso medo atávico e suas falsas desculpas.

O oposto do amor

As feridas que esta paixão inflige à beleza do amor já deveriam ter servido para nos abrir os olhos sobre o seu gênio mutilador. Entretanto, uma convenção mais forte do que todo bom-senso continua fazer o ciúme passar não somente por uma virtude, mas também como uma prova insubstituível de amor e uma garantia de sua sinceridade. A frase habitual “se você não tem ciúmes é porque não me ama” traduz uma confusão espontânea (mas alimentada socialmente) entre egoísmo e amor.

Quando analisada honestamente, a conduta ciumenta não aparece nem como um dever nem como um direito, mas como uma escória lamentável da nossa obsessão de possuir. Sob este ponto de vista, o ciúme é o oposto do amor; porque o amor não é uma invenção de nossas faculdades emocionais feita com o objetivo de nos apropriarmos do corpo e do espírito de um outro ser: o amor é uma mutação que nos permitiu sair dos limites traçados pelo caos criador ao corpo e ao espírito isolados. Ele é uma fratura que fizemos nas divisões de nossa natureza, para podermos olhar com outros olhos a pluralidade de suas dimensões. É o amor que salva o nosso consciente do abandono a que ficaria relegado por causa do egotismo conservador e dos fingimentos da linguagem. É o amor quem nos permite escapar do sistema de prestação de contas das coisas, e é ele também quem nos permite fraudar as cotas de intuição e de saber que nos fornecem os mecanismos separadores de nosso cérebro. O amor tira a inteligência do confinamento das células e abre os espaços da poesia. O ciúme fecha sobre nós as portas da solidão.

Emmanuelle Arsan, A hipótese de Eros, Editora artenova, 1975, tradução de Clarice Lispector.

Uma original visão do ciúme e uma surpreendente visão do amor, certamente, mas, me pergunto: quantos entre nós estamos aptos a viver esse amor de Emmanuelle? E quantos sobreviveriam a ele?  Eu não saberia dizer. Aliás, eu ainda não consigo formalizar uma opinião sobre a leitura dessa obra, a não ser o fato de que ela é surpreendente e de que nos paralisa com muitas idéias.

Mas, penso que um livro não precisa ser aceito em todos os seus pontos, nem entendido como um manual para um modo correto de amar, obviamente, sua função é nos fornecer meios para pensarmos sobre o amor e a vida, e é justamente isso que nos convida a pensar a autora, já que, para ela, nós vivemos e amamos com medo de viver e de amar. Segundo ela, “(…) nós amamos com medo: rejeitar é então a nossa maneira de amar. Todos os nossos amores são exclusivos, como os nossos clubes. Nós só nos sentimos verdadeiramente entre nós quando obrigamos alguém a ficar de fora (…).”

E você? O que pensa sobre o amor e o ciúme?

Atualidade

Marcas de uma traição imaginária

Você precisa apimentar o seu relacionamento, suscitar o desejo, chamar atenção de seu parceiro???  então o pequeno kit infidelidade é para você! ou para aqueles que acreditam que situações extremas pedem medidas desesperadas!!!

fabrikproject

A utilização é simples e  suficiente para lhe transformar- rapidamente – em um traidor potencial.  Tudo de forma muito real. Trata-se do <<Traces of an imaginary affair>>, criado pelo artista Bjorn Franke.

O Kit contém nove instrumentos de “tortura”, incluindo um magnífico ralador de joelhos, uma mini-bomba para personalizar marcas no pescoço, um pressionador que simula mordidas alheias e outras surpresas nessa linha… Além do lado cômico do conceito, Bjorn Franke teve o cuidado de oferecer um design moderno aos utensílios.

Para maiores informações acesso o site: fabrikproject

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