Cinema

Em homenagem à Maria Schneider, falecida mas jamais esquecida.

Em homenagem à gloriosa atriz Maria Schneider que faleceu nesta quinta-feira aos 58 anos, vítima de uma “longa doença”, coloco o link de um artigo que já fiz sobre a cena memorável que Maria Schneider protagoniza ao lado do não menos glorioso Marlon Brando.  É só clicar na figura para reler o artigo.

Beijos!

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Cinema

O sexo ao redor do mundo (Ruanda): os segredos do orgasmo feminino

** Como prometido, iniciarei hoje os artigos sobre o documentário “Le sex au tour du monde”.  As imagens e informações deste artigo foram retiradas do 2º episódio do documentário, exibido pela TV5 e disponível no site www.sexautourdumonde.com

Para o segundo episódio de “Sex Au tour du monde”, exibido pela TV5, o jornalista Philippe Desrosiers fez uma parada em Ruanda. O país famoso pelo genocídio de 1994 revela práticas sexuais surpreendentes, que buscam principalmente estimular o prazer feminino.

Entre as práticas e segredos sexuais dos ruandeses para proporcionar o prazer feminino estão a Kunyaza e o Gukuna. Se você é homem e nunca ouviu falar de tais práticas talvez seja o momento ideal para “aprender a amar”, como dizem os africanos.

No documentário da TV5, o jornalista fala com um ruandês sobre a técnica do Kunyaza que, segundo estudos, teve origem na região do Burundi, Ruanda, e da República Democrática do Congo. Com base em levantamentos realizados entre 1986 e 1993, através de testemunhos de homens e mulheres desta região, a prática da Kunyaza existe há pelo menos 150 anos, sendo uma tradição preservada pela cultura oral.

O Kunyaza, é uma técnica sexual praticada durante a relação sexual (heterossexual) para desencadear o orgasmo feminino. Segundo relatos, os homens aprendem a, usando o pênis, estimular quase todas as zonas erógenas do genital feminino, vertical ou horizontalmente e em diferentes posições, permitindo que o homem passe, quase sem interrupção, de estímulos internos a estímulos externos e vice-versa.

Pelo que se vê, a técnica garante que as mulheres do país sejam sexualmente mais felizes que as demais mulheres do mundo. A parte chata da história é que a técnica, apesar de antiga, não é muito conhecida ou praticada fora dos limites da Ruanda.  É, portanto, um segredo muito bem guardado, como sugere o título do documentário sobre o tema. Mas, para aqueles que desejam conhecer a arte Kunyaza, existem livros do país que ensinam a prática passo-a-passo (como cartilhas didáticas). Na língua deles, é lógico!

Outra técnica sexual praticada no país, é o Gukuna, que consiste em uma tradição milenar entre as mulheres, capaz de garantir orgasmos “inacreditáveis”, segundo o documentário.

A arte do Gukuna consiste em alongar/esticar os pequenos lábios, até que obtenham tamanho convidativo e toquem as coxas.

De acordo com as informações – escassas – sobre essa tradição, as mulheres, quando atingem a idade próxima dos dez anos, são orientadas por uma tia, ou mulher mais velha da família, a esticar os lábios vaginais com a ajuda de uma flor medicinal que “amacia a pele”.

Aprender o Gukuna, é, para elas, como uma passagem para a idade adulta – mais ou menos como ganhar o primeiro sutiã ou menstruar pela primeira vez para uma mulher ocidental,  só que – parece – com mais prazer.

Teoricamente, os lábios maiores aumentam a superfície de atrito contra o pênis, aumentando o prazer sexual. Além do que, estimulam a secreção vaginal, provocando uma ejaculação feminina que – segundo o médico e o ruandês entrevistados no documentário – não é encontrada em nenhuma outra cultura.

De acordo com um dos entrevistados, a ejaculação feminina por lá, chamada de Kunyara, não tem semelhança com a ejaculação feminina de caráter mais “urinário”, ou o “squirting” para os americanos, ou o fênomeno das “femmes fontaine”, como chamam os franceses. Nas palavras do entrevistado a substância “ejaculada” pelas ruandesas – que praticaram o Gukuna e/ou foram estimuladas pelas técnicas do Kunyaza –  é uma substância pastosa, encorpada, bem semelhante à ejaculação masculina. Afirma, ainda, que “é um fenômeno que ele não observou em nenhum outro lugar”.

Alguns cientistas Marian Koster e Lisa Preço da Universidade de Wageningen, investigaram a vida sexual na Ruanda e concluiram que “as mulheres e homens entrevistados foram claros em sua opinião, afirmando que todas as mulheres da Ruanda são capazes de ejacular ou alcançar o que eles chamam de Kunyara.

O alongamento dos lábios genitais, como é chamado fora da Ruanda, é, no entanto, um tipo de modificação corporal praticada em todo o mundo, existem inclusive sites inteiros dedicados à arte, dizem.

Você já viu?  Eu  “nunca vi, nem comi, eu só ouvi falar !”

Atualidade Cinema Costumes

O sexo ao redor do mundo: nova série documentário

Neste ano de 2011 fomos presenteados com uma ótima série documentário, exibida pela TV5, que fala/falará sobre as diferentes práticas sexuais e dos sentimentos amorosos em oito países diferentes: Reino-Unido, Argentina, China, França, Itália, Índia, Japão, Ruanda e Suécia.

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A série começou a ser exibida neste mês de janeiro e seguirá com as exibições até o dia 24 de fevereiro.

Já foram exibidos os episódios sobre Suécia e Ruanda e os demais países terão as exibições nos seguintes dias: – Reino Unido:  18/01 (21h) e 20/01 (22h);  Argentina: 25/01 (21h) e 22/01 (22h);  Índia: 01/02 (21h) e 03/02 (22h);  França: 08/02 (21h)  e  10/02 (22h); China: 15/02 (21h) e 17 (22h) e  Japão: 22/02 (21h) e 24/02 (22h).

Para nossa felicidade, há um  site na Internet, com vídeos, textos e curiosidades, bem como a programação completa dos episódios. Tudo em língua francesa, infelizmente, mas há alguns vídeos em inglês.

Considerando o rico material e os temas abordados, farei alguns posts para falar de alguns episódios já veiculados e para compartilhar e prolongar o debate por aqui,  em português.

Então, acompanhem os próximos posts e participem das discussões tratadas no documentário-série, aqui no sexocult.

Fica o vídeo de divulgação da série (em francês, désolé!)


PLUS
:  Em março de 2011, a TV5 irá exibir a série “Le sexe autour du monde – nos Estados Unidos”, uma série de webepisódios disponibilizados exclusivamente na TV5.ca e depois no site  www.sexeautourdumonde.com.

Arte

Novo artigo no "Não, não para…"

VEJA LÁ!

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Literatura

A Cama na varanda: sexo e relacionamentos

Há alguns dias uma amiga me indicou o Twitter de Regina Navarro.  Em sua bio ela escreve:

“Psicanalista e escritora, autora de A Cama na Varanda e mais nove livros sobre relacionamento amoroso. Colunista do IG e do jornal O Dia.”

Eu, particularmente, achei tudo o que ela escreve sensacional.  Sensível e com uma visão bastante singular sobre relacionamento e sexo, Regina é autora do livro ” A cama na varanda“.

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Um livro extraodrinário, que nos conta coisas como a história da sexualidade, o período paleolítico, o início do “culto ao falo”, casamentos, a influência da religião, Eva, Lilith (a primeira mulher de Adão), o grande perigo da Vagina, gays, lésbicas etc.

Uma leitura imperdível para aqueles que desejam conhecer a origem dos relacionamentos e compreender alguns conflitos atuais.

Além do livro recomendo a leitura da coluna da autora no IG, e mais especificamente o artigo O Prazer na dor, em que Regina entrevista Flávio Braga, autor de Sob Masoch – livro da editora Best Seller inspirado em Leopold Franz Johann Ferdinand Maria Sacher – Masoch, aristocrata e escritor austríaco (1836-1895). Masoch tornou-se célebre ao emprestar seu nome a uma perversão: o masoquismo.

Vale a pena ler.

Literatura

Autobiografia de uma pulga: obra erótica e (nada) católica

Acabo de concluir a leitura do maravilhoso livro Autobiografia de uma pulga, que ganhei de presente da editora  Tipos Móveis (empresa pioneira no ramo editorial, idealizada por Camila Kintzel, profissional que, como eu, tem um pé na Análise do Discurso).
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A leitura é fascinante e excitante, capaz de prender o bom leitor até o final. Toda a história é repleta de práticas sexuais variadas, que são originalmente narradas da perspectiva de uma pulga.  Perspectiva interessante, pois permite ao autor detalhar os fatos de uma forma bastante diferente e minuciosa.

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Em sua magnífica narração, a pulga, que no livro demonstra ter talentos e capacidades humanas como as do “pensamento e observação”, irá descrever as cenas da qual foi testemunha, iniciando o seu percurso erótico ao se “infiltrar” na saia de uma jovem de 14 anos, que inicia sua vida sexual bastante acalorada…

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Com uma trama nada católica, ou católica demais para os dias atuais (com tantos escândalos sobre pedofilia), a obra descreve cenas de sexo – em detalhes que só uma pulga poderia testemunhar – que, com toda a razão, a igreja não gostaria que fossem divulgadas por aí nos dias atuais.

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A obra, no entanto, não foi escrita hoje.  Trata-se de um título inédito em português, considerado um clássico da pornografia vitoriana. Publicada em 1885, anonimamente, sua autoria foi atribuída a um advogado inglês, chamado Stanislas de Rhodes.

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Segundo informações contidas no próprio livro, que traz em detalhes as condições de circulação e interdição da obra no período vitoriano (que reprimia fortemente a leitura de obras consideradas eróticas, embora tenha sido um período de fértil produção do gênero) o romance ocupou, “por suas peculiaridades e pela originalidade de sua narrativa”

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(…) uma posição ímpar em meio ao grande volume das obras que constituem a literatura libertina vitoriana. A obra é narrada em primeira pessoa por uma pulga que, por seu íntimo contato com a pele humana, consegue testemunhar atos praticados no mais absoluto segredo. (…) elenca uma grande variedade de práticas sexuais consideradas tabu pela rígida sociedade vitoriana a partir de uma perspectiva anticlerical. Tais características conferiram grande popularidade ao romance, que teve várias reedições, ao menos três continuações apócrifas e acabou por se tornar um clássico da literatura libertina. A tradução de Francisco Innocêncio transpõe com maestria as descrições explícitas, o humor anticlerical e o refinamento do estilo vitoriano. (Editora Hedra)

O livro é o sexto título de uma  série erótica da editora Hedra, que está montando um catálogo de literatura erótica e pornográfica em língua portuguesa, ainda pouco editada e conhecida pelo público brasileiro.

Os outros títulos da série erótica, para quem quiser acompanhar,  são: Sacher-Masoch – A vênus das pelesOscar Wilde – Teleny, ou o reverso da medalhaAdolfo Caminha – Bom criouloFrançois de Sade – O corno de si próprio e outros contos , Swinburne – Flossie, a vênus de 15 anos.

Desejo uma excitante leitura para você também!

Arte

Fetichic: a revista da fotografia fetichista

Dedicado a expor fotografias fetichistas, o site francês Fetichic: le magazine de la photographie fétichiste, busca preservar a arte do fetiche, expondo uma variedade de fotos e artistas em toda a diversidade que o gênero permite.

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Segundo o editorial do site, a ideia da revista eletrônica surgiu diante do desaparecimento gradual de revistas especializadas no tema fetichista e a queda de influência da mídia tradicional nessa área.

O objetivo não é “substituir os sites pessoais dos fotógrafos, mas oferecer uma lista abrangente e o mais variada possível” do gênero e seus muitos artistas, afirmam os editores.

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As fotos são acompanhadas da referência dos artistas (sites e portfólio pessoais) e uma pequena entrevista (em francês) com o artista, composta de três perguntas:

1) Qual sentimento você deseja passar com suas fotos?
2) Quais são suas influências?
3) Você realiza unicamente fotos fetichistas?

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A visita vale a pena, mesmo para aqueles que não lêem francês. Afinal, o site é uma ótima fonte de referências em imagens fetichistas e, claro, as imagens valem mais do que mil entrevistas!

Voilá!

Arte

Faça sexo em lugares inusitados!

Existem no planeta inúmeros lugares onde definitivamente precisamos fazer sexo antes de morrer.

Sob o título original 101 lugares donde practicar sexo antes de morir, os espanhóis Marsha Normandy e Joseph Saint James lançaram recentemente uma obra que  não peca pela imaginação!

Se a maioria de nós recorremos aos velhos lugares imaginários quando pensamos nos lugares inusitados para  fazer amor, e se não falta em nossa imaginação mesa de cozinha, banheiros públicos, ônibus etc.  Marsha e  Joseph utilizam leveza e humor para nos propor outros lugares muito mais criativos.

Lugares de difícil acesso, perigosos ou que exigem um grande esforço, todos apresentam uma certa “dificuldade” que vão de 1 (para os mais fáceis) a 5 (para os mais difíceis).

Variante do popular “amor na praia” os autores propõe o amor na cabana (ou barraca) do salva-vidas, importante não esquecer  a toalha para evitar a desagradável areia nas nádegas.

Para aqueles que praticam ginástica os autores trazem ideias loucas sobre o que fazer com os inúmeros aparelhos…

A ideia da obra não é propor que realizemos uma maratona de sexo nos mais variados lugares, mas nos fazer sair da rotina sexual, ter prazer neste tipo de jogo, aprimorar a imaginação…

A obra tem relatos de lugares engraçados e surpreendentes e inicia com a seguinte frase:

“há muitas coisas na vida que deveríamos provar antes de morrer; uma delas é sair da cama e fazer sexo apaixonado em qualquer outro lugar”

A posição número 26 do livro, por exemplo, dá dicas de como fazer sexo em cima de uma máquina de lavar roupas:

“Praticar sexo em cima de uma lavadora é como ir a  um hotel de luxo com uma cama vibradora só que melhor, porque é grátis e seguramente mais higiênico. Pegue as roupas, coloca-as na lavadora, acione o programa mais pesado e mostre a tua amante o m…m…m…muito que…t…t….tu….podes…”

Você se lembra quando foi a última vez que fez amor em um lugar insólito?

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Ligações:
Veja post sobre Chambre69, também inspirado na máquina de lavar.

Arte

Mulheres: sem tempo, mas loucas por sexo?

Informo aos leitores e leitoras que, por motivos profissionais, ficarei uns dias sem escrever. Voltarei em alguns dias, com novidades para o blog.

Coloquei um post novo na coluna do Não, não para. Vejam lá! Mulheres: sem tempo, mas loucas por sexo?

Literatura

"A mulher de leão, mesmo sem fome, pega, mata e come!"

Ah, a poesia! Nada alegra mais o meu dia, nada me deixa mais feliz do que ler um belo poema, desses que falam com a gente, que botam a gente sorridente, que afirmam nossas impressões…

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Hoje descobri, pelo twitter, que a poesia completa de Vinicius está disponível em www.brasiliana.usp.br. Lá, uma obra maravilhosa: Um signo, uma mulher. A partir de cada signo o poeta define várias mulheres.

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Leonina que sou, liberal e antagônica que sou, que alegria! Que satisfação, quando li o poema da mulher de leão! Pura verdade poética!

LEÃO

A mulher de Leão
Brilha na escuridão.

A mulher de Leão, mesmo sem fome
Pega, mata e come.

A mulher de Leão não tem perdão.

As mulheres de Leão
Leoas são.

Poeta, operário, capitão
Cuidado com a mulher de Leão!

São ciumentas e antagônicas
Solares e dominicais
Igneas, áureas e sardônicas
E muito, muito liberais.

(Vinicius de Moraes)

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